domingo, 15 de agosto de 2010

Seios grandes e firmes? Silicone: próteses cada vez maiores trazem riscos



Seios grandes e firmes: o implante de silicone é tentador pra boa parte das mulheres. No entanto, muitos são os cuidados que essa cirurgia demanda. De acordo com a Associação Brasileira de Cirurgia Plástica, 21% das cerca de 460 mil cirurgias estéticas realizadas no ano passado foram de aumento de mama. Recentemente, a brasileira com os maiores seios do país, Sheyla Almeida Hershey (3,5 litros em cada um), sofreu complicações com uma infecção causada na mais recente das 30 cirurgias que ela já fez ao longo da vida para aumentar as próteses.

As medidas avantajadas de Sheyla impressionam, mas a preferência por implantes mais volumosos é uma tendência entre a ala feminina. Uma pesquisa do Ibope realizada com médicos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica confirma o que podemos observar por aí: o tamanho da prótese escolhida pelas mulheres está cada vez maior. Segundo o levantamento, a prótese de silicone mais usada atualmente é a de 300 ml, no começo da década, a mais popular era a de 250 ml e nos anos 90, era a de 190 ml.


Tamanho é documento?

No entanto, errar no tamanho da prótese é uma questão séria de saúde - não só estética. "Tão importante quanto resolver essa desarmonia estética é adequar o tamanho do implante ao tipo corporal de cada mulher. Uma prótese grande fica bem para uma mulher alta ou que tenha quadris largos, já nas baixinhas pode passar a impressão que a mulher está acima do peso", afirma Rubens Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada (SP).

"É muito comum chegarem para a consulta desejando um volume semelhante ao da amiga, que ficou bom, mas nem sempre cairá bem em outro corpo", diz a cirurgiã plástica Luciana Pepino. Antes de escolher a prótese e decidir aumentar muitos números do sutiã de uma vez só, há duas questões principais a serem observadas: as novas formas devem permitir que você se sinta confortável em todas as ocasiões, seja numa festa, na praia ou no trabalho.

O segundo envolve se imaginar com a prótese em um futuro mais distante. "As pacientes mais jovens, principalmente, são as que optam por implantes maiores para conquistarem um decote mais generoso. O que muitas esquecem é que a moda é passageira, mas o envelhecimento não é", alerta. "Devemos pensar, por exemplo, se com 50 anos, ainda vamos gostar desse visual", diz.

Riscos

"Assim como toda cirurgia, o implante de silicone tem possíveis riscos e complicações, que mesmo sendo raras, devem ser explicadas ao paciente", diz o cirurgião plástico Ubirajara Freitas Guazzelli. Riscos de hematoma (sangramento), infecção, contratura de cápsula, deslocamento da prótese, cicatrizes hipertróficas ou queloides, perda da sensibilidade, choque anafilático e morte são raros, mas existem. Além disso, há o problema do surgimento de estrias.

Quanto maior o volume da prótese, maior a probabilidade de surgirem as linhas, já que as fibras da pele vão sofrer um esgarçamento. O peso do seio também vai aumentar, portanto, pode ocorrer a sobrecarga do esqueleto, que vai provocar uma projeção do tronco para frente, ocasionando problemas posturais, dores nas costas e até um desvio de coluna.

O silicone não é indicado para pacientes que apresentam alguma doença imunológica, mais pelas consequências cirúrgicas que pode trazer do que pelo material em si. Também não há nenhum problema em colocar as próteses de silicone nos seios e engravidar. O silicone não impede ou atrapalha a amamentação. As próteses são colocadas abaixo das glândulas mamárias.

Por: Ana Maria Madeira, Yahoo!
Fonte: http://www.zwelangola.com/ler.php?id=2676

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Estudo revela que humanos compartilham genes com as esponjas do mar

http://www.jb.com.br/
Agência AFP

SYDNEY - Pode ser que a humanidade descenda do macaco, mas cientistas australianos encontraram provas de relações muito mais estreitas do homem com o solo submarino, em um estudo que revela que as esponjas do mar compartilham quase 70% de genes com os humanos.

A sequência genética das esponjas do mar na Grande Barreira de Recifes da Austrália mostrou que esse animal aquático invertebrado compartilha muitos de seus genes com os humanos, incluindo um grande número de genes associados com doenças como o câncer.

A descoberta pode proporcionar novas bases de descobertas em relação ao câncer e a pesquisas com células-tronco, afirmou o chefe do estudo, Bernard Degnan, da Universidade de Queensland, Austrália.

"As esponjas têm o que consideramos o 'Santo Graal' das células-tronco", afirmou Degnan.

Explorar as funções genéticas das células-tronco das esponjas poderá revelar "relações profundas e importantes" com os genes que influenciam a biologia das células-tronco humanas.

"Pode, inclusive, modificar a forma em que pensamos nossas células-tronco e como poderíamos usá-las em futuras aplicações médicas", explicou.

O estudo, publicado pela revista Nature esta semana, é o resultado de mais de cinco anos de pesquisas de uma equipe internacional de cientistas.