terça-feira, 17 de setembro de 2013

Vida na cidade aumenta cérebro de roedor, diz estudo


CARL ZIMMER

DO "NEW YORK TIMES"



Alguns biólogos veem os humanos como uma força da evolução. Quando damos antibióticos a pacientes em hospitais, alimentamos a evolução de bactérias resistentes, por exemplo.

Quando pescamos peixes grandes nos oceanos, fomentamos a evolução dos peixes pequenos.

Agora uma bióloga da Universidade de Minnesota, Emilie C. Snell-Rood, descobriu que, ao modificarmos os lugares onde vivem os animais, podemos estar levando seus cérebros a crescer.

Ela baseia sua conclusão numa coleção de crânios de mamíferos conservados no Museu Bell de História Natural, na Universidade de Minnesota. Snell-Rood escolheu dez espécies para estudar, incluindo camundongos, musaranhos, morcegos e esquilos. Selecionou dezenas de crânios coletados até um século atrás.

Uma estudante, Naomi Wick, mediu as dimensões dos crânios selecionados, de modo que foi possível estimar o tamanho dos cérebros dos animais.

Dois resultados importantes emergiram da pesquisa. Em duas espécies --os roedoresPeromyscus leucopus (camundongo-de-patas-brancas) e Microtus pennsylvanicus (rato-do-campo)-- os cérebros dos animais de cidades ou de subúrbios eram aproximadamente 6% maiores que os de animais capturados em fazendas ou em outras áreas rurais.

Snell-Rood conclui que, quando essas espécies se mudaram para as cidades, seus cérebros cresceram de modo significativo. Ela e Wick também constataram que, em partes rurais do Estado de Minnesota, duas espécies de musaranhos e duas espécies de morcegos tiveram aumento no tamanho de seus cérebros.

Snell-Rood propõe que os cérebros das seis espécies cresceram porque os humanos modificaram Minnesota radicalmente. Onde antes havia florestas e pradarias, hoje há cidades e fazendas.

Nesse ambiente modificado, os animais mais capacitados para aprender coisas novas tinham chances maiores de sobreviver e deixar descendentes. Os animais que colonizaram grandes e pequenas cidades aprenderam a encontrar comida em construções e outros lugares que seus antepassados não conheciam.

"Estamos modificando as populações rurais, também", comentou a bióloga. Por exemplo, à medida que as florestas são cortadas para a extração de madeira ou para a agricultura, os morcegos podem ser obrigados a voar mais longe para encontrar alimento e continuar aptos a encontrar o caminho de volta para casa. Também para eles, cérebros maiores podem ter sido úteis.

Cientistas saudaram a pesquisa como o primeiro relato de modificações significativas no tamanho dos cérebros de animais feito fora do âmbito laboratorial. "Os resultados são instigantes e merecem ser acompanhados", disse o biólogo evolutivo Jason Munshi-South, da Universidade Fordham, em Nova York.

Deve ser possível continuar a pesquisa em laboratórios, promovendo o cruzamento de mamíferos rurais de cérebro pequeno com seus "primos" de cérebro maior. Estudando a prole, os cientistas poderão estudar os genes envolvidos na produção de cérebros de tamanhos distintos.

O pesquisador que quer salvar animais com um celular

Por Angela Kuczach - 16/09/13
Todos anos, no Brasil, 450 milhões de animais morrem atropelados. Foto: Alex Bager
Atropelamento de fauna silvestre é um assunto indigesto. Ninguém gosta de ver um bicho atropelado na beira da estrada ou presenciar um atropelamento. Mas de embrulhar o estômago é tomar conhecimento de que, todos os anos, 450 milhões de animais morrem atropelados nas estradas brasileiras, mais de duas vezes a população humana do Brasil. De roedores a onças-pintadas, de anfíbios a sucuris, não importa o grupo, não importa o tamanho, a fauna brasileira é gravemente afetada. Até o leitor terminar de ler esse artigo, mais de 10.000 animais terão sido mortos nas estradas do país.
Pouco se fala sobre o problema, menos ainda se sabe sobre ele. Apenas recentemente a Ecologia de Estradas começou a ser pesquisada no Brasil. A ciência é nova até em termos mundiais. Richard Forman, pesquisador da Universidade de Harvard, começou a pesquisar o tema na década de 90. Em 1998, publicou o artigo Roads and Their Major Ecological Effects (Estradas e o seu grande impacto ecológico). Por aqui, os primeiros estudos datam de 1988 (Novelli et al., 1988), apesar do termo Ecologia de Estradas somente ser incorporado ao cotidiano na vida acadêmica quase duas décadas depois.
Um dos especialistas na área é o Professor Alex Bager, da Universidade Federal de Lavras, um oceanólogo que, no seu caminho para o mar, começou a prestar mais atenção no que acontecia nas estradas. Ele iniciou seus primeiros estudos sobre o assunto em 1995, quando atuava no Rio Grande do Sul. Por lá, chamava a atenção o número impressionante de animais que morriam atropelados na região do Taim. "Eram lontras, capivaras, tartarugas, gatos e muitos cachorros do mato que morriam diariamente na estrada que corta a Estação Ecológica do Taim e seu entorno. Em 2002, iniciamos um estudo que resultou no monitoramento de 150 quilômetros de rodovias e uma taxa de 2,1 animais atropelados por quilômetro por dia, ou mais de 100 mil animais por ano", conta Bager.
Em 2009, ele assumiu a cadeira de Ecologia na Universidade Federal de Lavras (UFLA) e o tema da Ecologia de Estradas tornou-se o eixo central do seu trabalho. Primeiro veio a formação de um grupo de estudos (2009), formado por 5 universidades brasileiras, dedicado a discutir e desenvolver a ecologia de estradas em diferentes regiões do Brasil. O assunto começou a ganhar força e em 2010, quando o grupo realizou o primeiro Congresso Brasileiro de Ecologia de Estradas (Road Ecology Brazil – REB), com uma segunda edição já em2011. Durante a segunda edição do REB Alex criou o Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), e ampliou o rol de parcerias com universidades e centros de pesquisa em diferentes países, destacando-se a Argentina, EUA, Portugal, Austrália.
A carência de dados sobre o número de animais atropelados no Brasil vem da falta de sistematização na coleta. Não existe hoje um protocolo para informações dessa natureza, um sistema de monitoramento padrão que permita comparar os dados entre as diferentes regiões do país.
Protocolos são ferramentas comuns no mundo científico e permitem que os especialistas contribuam com seu precioso tijolinho para o grande alicerce do conhecimento. Entretanto, quando falamos da Ecologia de Estradas no Brasil, não é fácil criar um protocolo. Estamos falando de mais de 1,7 milhões de quilômetros de estradas passíveis de serem monitoradas.
Gavião se alimenta de capivara atropelada na estrada que cruza a Estação Ecológica do Taim. Foto: Alex Bager
Coleta Sistemática
Pensando na miscelânea de fontes de informações, que podem ser coletadas por especialistas, funcionários de concessionárias e até por leigos, Alex está propondo por meio do CBEE (Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas) um protocolo de monitoramento para alimentar o chamado Banco de Dados Brasileiro de Atropelamento de Fauna Selvagem (BAFS), que irá integrar todas essas informações. O piloto desse protocolo já começou a ser colocado em prática por meio do monitoramento de estradas que cortam 20 Unidades de Conservação (federais e estaduais) em todo o Brasil. As atividades de campo estão sendo realizadas pelo corpo técnico dessas UCs, que, ao cadastrar informações, ganham em troca a análise dos seus dados.
Para que o protocolo seja seguido Alex está capacitando os profissionais envolvidos, e nesse momento, percorre o país promovendo oficinas em Unidades de Conservação.
Um dos objetivos do Congresso é debater os impactos dos empreendimentos viários sobre a biodiversidade e encontrar soluções para o problema. A organização de um evento dessa natureza é possível graças a força tarefa dos 21 estudantes de graduação e pós graduação do CBEE, que colaboram desde a logística até a análise dos trabalhos inscritos. A próxima edição do Congresso Brasileiro de Ecologia de Estradas, o REB, já está marcada para acontecer entre os dias 27 e 29 de janeiro de 2014, em Lavras – MG.
Um urubu para ajudar
Em meio a toda essa atividade de pesquisa e coordenação de informação, há um novo e ambicioso plano de Alex e sua equipe: trata-se do aplicativo para celulares "Urubu Mobile".
-- Urubu, o quê?, pergunta quem ouve o nome pela primeira vez.
Alex explica:
-- É um aplicativo para a coleta de dados sobre atropelamento de fauna silvestre desenvolvido para tablets e smartphones, idealizado pelo Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas e produzido com o auxílio dos departamentos de Ciência da Computação, Ciências Florestais e Biologia da Universidade Federal de Lavras, além de uma parceria com a Tetra Pak, que também aposta no projeto.
Urubu Mobile, o aplicativo que o professor Alex Bager e sua equipe desenvolveram para monitorar os impactos dos atropelamentos no Brasil.
A idéia é simples e ao mesmo tempo fantástica. Qualquer pessoa que tenha um celular inteligente ou tablet poderá baixar o Urubu Mobile e colaborar com a coleta de dados sobre animais atropelados. Ao encontrar um animal morto na beira da estrada, a pessoa abre o aplicativo, fotografa e automaticamente a imagem é georeferenciada e, quando encontrar o sinal de uma rede wireless, é enviada para o Urubu Web. Uma vez no sistema, uma equipe especializada identifica a foto e obtém o registro da espécie. Como o dado fica armazenado no sistema, com a localização exata, impede-se que fotos repetidas sejam computadas como indivíduos diferentes e assim superestimar os dados.
"A idéia é que toda e qualquer pessoa baixe o aplicativo e o utilize por aí: motoristas de caminhão, taxistas, motoristas de ônibus, pessoas que costumam trafegar pelas estradas do país de um modo geral. Em um mundo cada dia mais ligado nas redes sociais, está sendo estabelecida a maior rede colaborativa de monitoramento de fauna que o Brasil já presenciou", diz Alex. "A idéia é que essas pessoas sejam nossos olhos por todo o país e assim tenhamos uma noção um pouco melhor do que realmente acontece Brasil afora." Públicos mais seletos também estão sendo convidados a utilizar o aplicativo, como funcionários das concessionárias que administram algumas rodovias do país e empresas transportadoras.
 
Gatos-do-mato e outros felinos são constantemente abatidos nas rodovias, tornando-os ainda mais vulneráveis aos riscos de extinção. 
Foto: Alex Bager
Em tempos de redes sociais, em que tudo vira notícia, Alex está transformando em uma espécie de jogo um tema difícil: "quem mandar as fotos para nós entra num sistema de pontuação que varia de 'urubu-preto (a espécie mais comum) até urubu-rei (o mais raro dos Cathartideos)", diz. O princípio é que nas redes sociais status vale mais do que prêmio.
"Sabemos muito pouco sobre os atropelamentos de fauna no país, então o que vier é lucro. Se aumentarmos o volume de dados em 10% já vamos dar um salto enorme", diz Alex. Com a melhora dos dados será mais fácil propor medidas que reduzam o número estratosférico de animais atropelados anualmente no Brasil.
"Contudo", diz Alex, "entender o impacto e reduzi-lo são coisas diferentes. Precisamos de vontade política, engajamento e parceiros envolvidos tanto quanto de informações".
Saiba mais

Roads and Their Major Ecological Effects. 
Author(s): Richard T. T. Forman and Lauren E. Alexander. Reviewed work(s):
Source: Annual Review of Ecology and Systematics, Vol. 29 (1998), pp. 207-231+C2

Fonte: O Eco

Observação: pelo o que foi apurado, os dados coletados pelo aplicativo serão disponibilizados no Banco de Dados Brasileiro de Atropelamento de Fauna Selvagem: 

Pacu é encontrado em rio na França


Um pacu, peixe comum no Pantanal e na Amazônia brasileira, foi encontrado por um pescador no rio Sena, em Paris, na França. O peixe é conhecido fora do Brasil como “devorador de testículos” porque acreditam que o peixe possa confundir testículos humanos com nozes e mordê-los. Outros espécimes já foram encontrados na Suécia e na Dinamarca.
O nome pacu é dado para várias espécies de peixes caracídeos da subfamília Serrasalminae, que também inclui as piranhas. Mas ao contrários das piranhas, o pacu é dócil e constantemente é criado em aquários e pesque-pagues. Acredita-se que um destes peixes do aquário pode ter sido jogado no rio.
Há um mês, o peixe apareceu nas águas do estreito que separa a Suécia e a Dinamarca. As autoridades alertaram para os banhistas tomarem cuidado porque o pacu poderia atacá-los.
Os peixes também foram vistos em Papua Nova Guiné e em um lago no Texas, para onde alguns exemplares teriam sido contrabandeados. Na Polônia, em 2002, um caso similar foi registrado.
Normalmente o peixe não é perigoso para os seres humanos, mas acredita-se que quando estão com fome eles possam morder os homens.
O peixe mede em média 21,5 centímetros, mas em algumas regiões pode chegar a 90 centímetros. (Fonte: UOL)
Observação do Blog:
O Pacu é um peixe de água doce nativo da Amazônia, podendo pesar até 55 quilos. Até pouco tempo atrás só era encontrado por lá. No entanto, a piscicultura (criação de peixes) espalhou estes animais pelo mundo e há cada vez mais relatos desses animais sendo pescados em ambientes naturais do mundo todo. Há algumas semanas também foi registrada a sua presença no lago Lou Yaeger em Illinois nos Estados Unidos, aumentando o número de países onde o bicho se adaptou ao ambiente natural.
Ainda não se sabe quais desequilíbrios são causados aos ecossistemas onde esse peixe se instala, mas a questão está sendo estudada por ecologistas do mundo inteiro. Segundo a maioria deles, o Pacu não é uma ameaça para os seres humanos, visto que sua dieta é baseada em nozes, vegetação aquática e caracóis. Porém, o conhecimento popular dos pescadores de Papua Nova-Guiné onde o peixe foi introduzido nos ecossistemas já na década de 1990 diz ao contrário.
Nesta ilha da Oceania o Pacu é conhecido como "Cortador de bolas", daí o nome que o popularizou mundialmente. Há mais de um caso de pescadores que morreram por perda de sangue ao terem seus testículos arrancados por este peixe, embora os mesmos pescadores que relatam as mortes afirmem a um jornal local que isto não é um fato comum, até pelo motivo de que a maioria dos pescadores usa calção para entrar na água.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Infraero desenvolve projeto para evitar colisões entre aves e aeronaves

Ação faz parte do programa Gestão do Perigo da Fauna Aeroportuária


Para diminuir os riscos de colisões entre aves e aeronaves, a Infraero, empresa responsável pela administração dos principais aeroportos do país, vai intensificar o uso de aves de rapina no aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, Região da Grande Belo Horizonte, e no aeroporto da Pampulha. A ação faz parte do programa “Gestão do Perigo da Fauna Aeroportuária”, que estabelece os procedimentos a serem executados pela empresa, para a retirada de animais que circulam pela área dos 63 aeroportos da rede Infraero.



Segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos(Cenipa), a aviação civil brasileira registrou 1.540 ocorrências de colisões entre aves e aeronaves em 2012. Os aeroportos de Confins e da Pampulha registraram, respectivamente, 23 e 22 ocorrências. Quatro espécies de aves – quero-queros, urubus, carcarás e corujas – representaram cerca de 40% dos incidentes no ano passado.


Nos aeroportos de Confins e da Pampulha o método usado será da falcoaria, onde são utilizadas três espécies de aves de rapina – duas de falcões - o quiri-quiri e o falcão-de-coleira; e uma de gavião, conhecida como gavião-asa-de-telha - para afastar as demais aves.

Os falcões começaram efetivamente a serem usados em fevereiro de 2008 na Pampulha e em fevereiro 2012 em Confins. O treinamento de cada ave utilizada na ação dura em torno de 20 e 40 dias.

Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, a presença de aves nas proximidades dos aeroportos podem causar acidentes aéreos. Na maioria dos casos, essa aves são atraídas pelo lixo acumulado e não descartado corretamente pelas comunidades vizinhas aos aeroportos. A falcoaria reduz a presença das aves, tanto pela captura quanto pela mudança de comportamento das aves, que passam a evitar o aeroporto com a presença dos predadores.

Ainda de acordo com a assessoria, os animais que forem capturados, através de armadilhas, serão soltos nos municípios localizados no entorno da capital mineira como Sete Lagoas e Brumadinho, em locais indicados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Além dos dois terminais mineiros, utilizam a falcoaria os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, de Vitória, no Espírito Santo e de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Fonte: O Tempo

sábado, 14 de setembro de 2013

Experimento prova que crustáceos sentem dor

Caranguejos e lagostas são cozidos vivos e não são protegidos pelas leis dos direitos animais porque eles não sentiriam dor - mas uma nova pesquisa pode mudar este conceito

por Luciana Galastri


Lagostas são vendidas e cozidas enquanto estão vivas, para, supostamente, preservar o sabor e a textura da carne do animal. A mesma coisa acontece com caranguejos e outros crustáceos que não são protegidos pelas leis de direitos animais. Até o momento, a ciência considerava que esses bichos não eram capazes de sentir dor - em vez disso, eles passariam por uma espécie de 'percepção da dor' chamada de nocipção, que causaria o impulso de se afastar de algo prejudicial. Mas agora essa noção pode mudar: de acordo com um novo estudo publicado na revista Nature, realizado pelo pesquisador de comportamento animal Robert Elwood, da Universidade de Belfast, os crustáceos podem, sim, sentir dor.
Para chegar a essa conclusão, Elwood analisou se os crustáceos conseguem aprender através da dor, como vertebrados, ou apenas respondem a estímulos imediatos para evitar situações desconfortáveis, como supõe o modelo da nocipção. Ele analisou o comportamento de caranguejos que podiam se abrigar em duas tocas construídas pela equipe de cientistas. A primeira dava choque nos animais e a segunda era segura. A conclusão foi que caranguejos que já haviam passado pelo choque escolhiam, com uma maior frequência, a segunda toca, se comparados com caranguejos que nunca haviam passado pela experiência. Ou seja: o choque foi sentido e a experiência na primeira toca se tornava aversiva.
Em uma segunda etapa do estudo, um conceito similar foi usado para analisar o comportamento do Pagurus bernhardus, conhecido popularmente como Bernardo-eremita no Brasil - uma espécie de crustáceo que usa conchas abandonadas por outros animais para se proteger. Os animais eram expostos a dois tipos de concha - um que a espécie é conhecida por preferir e uma segunda concha genérica. Ao escolher se mudar para a concha mais popular, os bichos levavam choques. Quando, novamente, eram colocados na mesma situação de escolha, eles se mudavam para a concha menos popular entre sua espécie, contrariando seus instintos para evitar a dor.
De acordo com Elwood, resultados como estes fariam com que, se estivéssemos falando de vertebrados, como ratos, por exemplo, os animais fossem poupados de mortes dolorosas (como serem cozidos vivos). "Estamos nos comportando de forma ilógica ao termos leis que protegem ratos da crueldade, mas não os crustáceos", declarou o cientista em uma convenção realizada em Newcastle, na qual ele apresentou suas conclusões.

Divulgação: formação de turma em pós graduação lato sensu em Patologia Clínica Animal

Reconhecida instituição especializada em cursos de pós graduação na área de saúde tem projeto para formação de turma em curso de Especialização lato sensu em Patologia Clínica Animal, aberta para BIÓLOGOS, BIOMÉDICOS, FARMACÊUTICOS E MÉDICOS VETERINÁRIOS.


Para maiores informações, entrar em contato através do endereço eletrônico: animallab@outlook.com