terça-feira, 11 de março de 2014

Concursos Públicos


- Sites que disponibilizam material gratuito para estudo

- Dicas para melhorar o rendimento do candidato

- Cursos Preparatórios na modalidade EAD: uma nova opção para aqueles que buscam a aprovação em concursos para seguir uma carreira no setor público


- Canal do Ensino

Fazendo uma pesquisa na internet acabei conhecendo um site bastante interessante, que publica diversos links e dicas de estudo muito úteis para quem está se preparando para as provas de concursos públicos: Canal do Ensino. Dentre tanta informação bacana postada, selecionei e transcrevi abaixo a que relaciona 16 sites com material gratuito para estudar de graça para concursos públicos, originalmente postada no Educação Uol:
Para os ‘concurseiros’ de plantão, algumas matérias são consideradas ‘arroz com feijão’: são as disciplinas básicas exigidas na maior parte dos concursos. Abaixo lista com 16 sites com material gratuito para estudar de graça para concursos públicos, como videoaulas e simulados, para estudar direito administrativo, informática, inglês, matemática e português.
Jurisway (http://www.jurisway.org.br/videos/) – A página faz uma seleção com mais de 4 mil videoaulas postadas no YouTube que tratam de Direito Constitucional, Civil, Penal, Administrativo e Previdenciário, entre outros. Também há aulas de língua portuguesa e informática.
Concurso Solução (http://www.concursosolucao.com.br/simulado/) – Simulados de Direito Administrativo, Civil, Constitucional, do Trabalho, Penal, Processual Penal e Tributário com questões de concursos públicos para testar os conhecimentos na área, mas sem comentários das provas.
Resultado Concursos (http://www.resultadoconcursos.net/video-aulas-gratuitas-sobre-concursos/) – O site reúne videoaulas de Direito Constitucional, Administrativo, do Trabalho, Penal, Processual Penal, Previdenciário e Civil. O conteúdo pode ser localizado por meio de busca.
Guia Concursos (http://canaldoensino.com.br/blog/category/concursos-e-empregos/concursos-concursos-e-empregos) – O site disponibiliza de forma gratuita grande quantidade de informações e dicas valiosas para interessados em Concursos Públicos.
Informática e Concursos Públicos (http://informatica-concursos.blogspot.com.br/) – O blog disponibiliza uma boa quantidade de simulados com questões que podem cair em concursos públicos. Os temas abordam o sistema Linux, BrOffice, Word, Windows, Excel, PowerPoint, internet e redes, hardware e gerais.
PCI Concursos (http://www.pciconcursos.com.br/simulados/informatica/coxvE) – O site oferece exercícios de informática de múltipla escolha, mais as respostas corrigidas. O usuário também pode postar comentários em cada uma das questões. Ao terminar o teste, outro pode ser automaticamente gerado para dar continuidade ao teste de conhecimentos.
Fernando Nishimura (http://www.scribd.com/FernandoNishimura/documents) – O estudante tem a sua disposição uma biblioteca online com 91 documentos no total. Cada um deles reproduz as provas de concursos públicos anteriores – alguns deles vêm com até cem questões. O material pode ser baixado para o computador para estudo.
Questões de Concursos (http://www.questoesdeconcursos.com.br/home/public) – O nome é autoexplicativo: o site fornece conteúdo das mais variadas matérias que caem em concursos públicos. Há uma considerável quantidade de provas em inglês que caíram em outros exames e gabaritos que acompanham os testes. Para baixar o material gratuito, é preciso fazer um cadastro simples no site.
OK Concursos (http://www.okconcursos.com.br/informacao/view/Apostilas/Lingua-Estrangeira/Provas-e-exercicios-de-Ingles/$escape.getHash().UZ9u1Nhz6p0) – São 11 provas com questões de inglês que já caíram em concursos públicos realizados anteriormente. O material pode ser baixado gratuitamente pelo estudante e é uma forma de se preparar para os testes futuros. O site também disponibiliza conteúdo de outras disciplinas, visando concursos de cargos de nível fundamental, médio e superior.
Calcule Mais (http://calculemais.com.br/) – A “especialidade” do site são questões de matemática retiradas de concursos públicos, vestibulares e Enem. São mais de 760 videoaulas explicadas com simplicidade e dicas para os estudantes.
Matemática Muito Fácil (http://www.matematicamuitofacil.com/) – Além do conteúdo teórico de matemática, há uma seleção de exercícios propostos e resolvidos. Entre eles, o “desafio” apresenta questões de álgebra e o de “concurso”, questões que já caíram em concursos públicos já realizados. O estudante também pode acompanhar o material com videoaulas disponíveis no site e no canal YouTube (http://www.youtube.com/user/matematicamuitofacil/videos) ou no Videolog (http://videolog.tv/MatematicaMuitoFacil.
Julio Battisti (http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/default.asp?cat=0009&ast=0070) – O site não tem uma oferta vasta no aprendizado de matemática, mas traz 23 conceitos que caem com frequência em concursos públicos, afirma o idealizador. Além de explicar cada um deles, traz exercícios resolvidos e comentados.
Só Matemática (http://www.somatematica.com.br/financeira.php) – Conteúdo sobre matemática financeira pode ser acessado gratuitamente depois de um cadastro como usuário. O estudante conta com a parte conceitual e depois pode praticar o que aprendeu com exercícios propostos. Há ainda questões de vestibulares e provas online para testar os conhecimentos adquiridos.
Só Português (http://www.soportugues.com.br/) – O site aborda estruturas gramaticais (morfologia, sintaxe, fonologia, semântica, estilística), redação, reforma ortográfica e erros mais comuns em português, entre outros assuntos. Há provas online, exercícios resolvidos e questões que caíram em vestibulares. Uma ferramenta interessante é o “conjugador de verbos”, que esclarece as principais dúvidas sobre verbos complicados e suas conjugações.
Colégio Web (http://www.colegioweb.com.br/portugues) – Figuras de linguagem, ortografia, preposições de uso obrigatório e agente da passiva são alguns dos temas gramaticais que integram o conteúdo do site, que é bem fácil de consultar. O estudante também pode esclarecer dúvidas sobre a ortografia de palavras que costumam gerar confusões ao serem escritas com “s”, “ss” e “ç”, entre outros.
Gramática Online (http://www.gramaticaonline.com.br/) – O estudante terá facilidade para encontrar seus objetos de estudo (acentuação, concordância verbal e nominal, formação das palavras e pontuação, entre outros assuntos), pois o site é bem organizado visualmente. Há explicações detalhadas para o uso da crase, a partir de exemplos, e análise de texto com questões de vestibulares. Há testes que são acompanhados por comentários que apontam onde se encontram os erros.
UOL Educação (http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/) – A página do UOL reúne material didático de português. Há, entre outras coisas, explicações sobre as principais dúvidas de gramática, ortografia e pontuação. No nosso site, o estudante encontra também simulados, quizzes e provas online para testar seu conhecimento.


- IPED: 54 cursos gratuitos voltados à Concursos Públicos

O IPED oferece 54 cursos gratuitos que auxiliam o candidato a se preparar para as provas. 

Assista os vídeos de divulgação dos cursos voltados à Concurso Público no IPED clicando aqui!

Para ter acesso aos cursos gratuitos, acesse aqui!

- Domínio Público 

Mais de 200 títulos de livros (em português e outros idiomas) são oferecidos gratuitamente para download. Os temas são os mais diversos dentro da área de Biologia e Meio Ambiente.
Para acessar, clique aqui!


- Curso on line Gratuito

Curso on line Gratuito disponibiliza gratuitamente aulas online das disciplinas de Português, Biologia e Física. O foco é a preparação para o ENEM e vestibular, então os temas abordados não se aprofundam muito, porém são bastante úteis para quem necessita relembrar o assunto. 

Até o presente momento foram postados um total 47 vídeos das três disciplinas, e em especial à Biologia, estão  as seguintes vídeo-aulas:

Genética Princípios Básicos - Genótipo Fenótipo Gene Dominante e Recessivo - Aula Grátis Biologia
- Primeira Lei de Mendel - Genética - Lei da Segregação dos Fatores
- Noções de Probabilidade em Genética - Como Fazer - para ENEM e Vestibular
- Como Fazer um Heredograma - para Enem e Vestibular 
- Origem da Vida - para Enem e Vestibular
Lamarckismo e Evolução Biológica - para Enem e Vestibular
Evolução, Charles Darwin e Seleção Natural Aula Grátis de Biologia - Teoria da Evolução e Darwinismo



- YouTube Educação

Canal do Youtube voltado à vídeos de professores criativos e didáticos, com temas voltados ao ensino fundamental e médio nas disciplinas de Biologia, Química, Física, Português e Matemática. Útil para relembrar os tópicos e depois aprimorar o conhecimento com a leitura de livros e apostilas. Vale à pena!

O Canal do Ensino dá cinco dicas para utilização do YouTube Educação: 
1. Escolha os vídeos de acordo com a disciplina e com os grandes temas. A plataforma separa, na coluna à esquerda, os vídeos de cada uma das matérias. História e Geografia ainda não são contempladas no canal. Como não há classificação dos vídeos por série, utilize o currículo da sua escola ou os PCNs para fazer uma busca por palavras-chave e encontrar os vídeos mais adequados para os seus alunos.
2. Na coluna à direita, você pode encontrar os canais relacionados ao Youtube Edu, com vídeo-aulas dessas e de outras disciplinas, além de canais de vídeo dedicados ao Ensino Superior, que tratam de temas transversais e ajudam a capacitar educadores para o uso de outras ferramentas – como o Photoshop, por exemplo.
3. Para receber as atualizações do canal periodicamente, clique em inscreva-se e o Youtube Edu sempre aparecerá para você. Além disso, você passa a receber as novidades do canal por e-mail, semanalmente.
4. Também é possível ser um educador parceiro da plataforma, clicando em Faça parte do Youtube/Edu. Assim, você vai ajudar a produzir os vídeos ou a fazer a curadoria dos conteúdos.
5. Na aba discussão, comente e fique ligado nos comentários de outros educadores. Você pode encontrar professores da mesma área e trocar experiências ou materiais de referência.


- Concurso Virtual

A "Concurso Virtual" é uma empresa especializada em cursos EAD preparatórios para concursos, com reconhecido alto índice de aprovação de seus alunos. Os cursos oferecidos são para cargos diversos, com disciplinas específicas e aquelas comuns na maioria dos concursos públicos (Português, Matemática, Raciocínio Lógico, Informática).

O site oferece cursos completos para diversos concursos, no entanto, gentilmente disponibiliza material gratuito (PDF, vídeo-aulas e "aulões") de diversos temas e áreas; vale à pena conferir! 

Para acessar o conteúdo gratuito, clique aqui!


- Concurseiros passam a estudar pela internet cada vez mais; saiba como funciona*


Hora para entrar e hora para sair, frio ou calor, quadro e cadeira desconfortáveis. Esse cenário típico de sala de aula é coisa do passado. Pelo menos para os concurseiros adeptos da tecnologia, que estão preferindo os cursinhos preparatórios on-line ao presencial.
Pesquisa realizada pelo Aprova Concursos, empresa que oferece cursos para seleções públicas via internet, revelou que a videoaula é o principal método de estudo dos mais de 6 mil entrevistados no Brasil, escolhido por 42% deles. Talvez isso justifique a quantidade de empresas que oferecem esse tipo de serviço no país hoje em dia. 
O diretor do Aprova Concursos, Bruno Branco, conta que essa modalidade de aprendizado, mais conhecida com Ensino a Distância (EaD), é relativamente nova e começou a ganhar força há quatro anos. “Até 2006, era preciso uma hora, no mínimo, para baixar um vídeo de dois minutos. Hoje, com a banda larga, a realidade é outra”.
Ele revela que a empresa paulista entrou no mercado em 2010, oferecendo apenas quatro cursos. “Hoje, temos mais de 15 mil. Isso porque a gente só trabalha com concursos em municípios com mais de 200 mil habitantes”, diz.
De acordo com Branco, os cursos on-line são mais focados na necessidade do aluno. “Na internet, o aluno pode consumir apenas os assuntos que precisa para a prova. Na modalidade presencial, além de não ser customizado, o candidato só dispõe de cursos para os grandes concursos”.
Outra vantagem do EaD, segundo ele, é a flexibilização dos horários e a economia de tempo, já que o aluno não precisa se deslocar até um determinado local, sujeito, inclusive, a pegar congestionamento. “Em concurso, a quantidade de disciplinas é o principal problema do aluno. Portanto, tempo é dinheiro. E, em geral, quem estuda mais tem mais chance de ser aprovado”, destaca o diretor. 
E foi pensando nessa comodidade que a dentista Cláudia Landa, de 41 anos, optou por fazer um cursinho on-line. “Para minha rotina, que envolve muito trabalho, essa é a melhor opção. Escolho as disciplinas que me interessam e estudo no conforto da minha casa”, afirma Cláudia, que busca no emprego público a estabilidade financeira necessária para trocar de área de atuação.
Cláudia, que já frequentou cursos para concurso presencial e telepresencial, afirma que a modalidade EaD exige muita disciplina, já que, em casa, há inúmeros fatores que possibilitam a dispersão. “Confesso que passei por um processo de adaptação. É preciso maturidade e consciência”, declara ela, que desembolsa, mensalmente, cerca de R$ 400 por um pacote anual, que inclui seis cursos voltados para concursos de Tribunal.

Para o  juiz federal e professor William Douglas, especialista em concursos públicos, o ensino a distância é uma tendência, principalmente em razão do avanço tecnológico. “Também tem a falta de tempo dos concurseiros - que, em sua maioria, conciliam trabalho e estudo - e que não têm a possibilidade de ir ao curso em horários predefinidos”. 
Ele diz que o curso on-line é uma ferramenta. “Não importa como o conhecimento chega ao aluno. A única possibilidade real dele não ser aprovado é não estudar ou estudar errado”, pondera. Segundo Douglas, a maior desvantagem dos cursos on-line é a falta de motivação que essas aulas possibilitam. “Quando o curso não é em tempo real, a falta do feedback imediato do professor é ruim, mas não é algo insuperável”, afirma.
Dados da IOB Concursos comprovam que a metodologia é coadjuvante e o que importa é o estudo e a dedicação. “Em geral, nosso índice de aprovação em concursos varia entre 65% e 68%. Para a prova da OAB, chega a 73%”, garante o diretor acadêmico da instituição, que também oferta esse tipo de serviço na internet, Leonardo Pereira.
Ele diz que a empresa dispõe de uma plataforma de ensino diferenciada dos concorrentes, com vídeoaulas de, no máximo, 15 minutos. “A gente hierarquiza e sumariza o conteúdo para que o candidato veja aquilo que realmente interessa de forma objetiva e dinâmica”. 
Metodologia
Em geral, os cursos on-line para concurso oferecem ao candidato (assinante) vídeos com aulas atualizadas e focadas em um determinado assunto ou edital, além de material de apoio, como livros, apostilas e exercícios, e um canal direto para esclarecer as possíveis dúvidas.
O diretor acadêmico da IOB Concursos, Leonardo Pereira, explica que a duração varia de um mês a um ano, a depender do curso. Já os preços costumam ser um pouco mais baratos quando comparados com a modalidade presencial. “Temos cursos de R$ 30 a R$ 900. O preço depende do volume de horas, da quantidade de disciplina e do tempo que o candidato utilizará a plataforma”.
A maioria dos candidatos que opta pela comodidade dessa modalidade é, segundo Pereira, do sexo feminino. Ele revela que, na IOB, os alunos têm entre 21 e 35 anos, sendo que 60% têm uma ocupação profissional e 70% vieram de cursinhos telepresenciais.
Para entender um pouco mais sobre essa modalidade de ensino que vem ganhando espaço entre os aspirantes ao serviço público, o CORREIO conversou com o superintendente de Educação a Distância da Ufba, Paulo Penteado Filho, para saber qual a sua opinião sobre o assunto.
A modalidade de ensino a distância funciona?
A EaD funciona, sim. No entanto, assim como nos cursos presenciais, os cursos a distância variam em termos de qualidade e efetividade. 
Ela pode ser usada para qualquer tipo de ensino e por qualquer tipo de aluno?
Em geral, considera-se que a educação a distância funciona melhor com estudantes adultos e com maior maturidade, que tendem a ser capazes de maior autodisciplina. Por outro lado, pessoas mais jovens tendem a ter maior facilidade nas interações mediadas pelas tecnologias da informação que são, em geral, utilizadas na EaD atualmente.  
O senhor acredita que ensino a distância é uma tendência? No caso dos concursos, tende a substituir o ensino presencial?
 A educação a distância tende a crescer em relação à educação presencial, porém, convivendo as duas modalidades, inclusive no caso dos cursos preparatórios para concursos. Nesses casos, a motivação profissional tende a aumentar o comprometimento e a autodisciplina, que contribuem para o sucesso da aprendizagem.
Para dar certo, quais os cuidados que os concurseiros devem ter ao estudar em casa?
Embora eu não tenha experiência na área de concursos, diria que alguns dos cuidados que os “concurseiros” devem  ter são os semelhantes aos de outros aprendizes da educação a distância: dispor de ambientes adequados para o estudo, estabelecer uma programação de estudo adequada ao formato específico do curso e às exigências do concurso, além de exercer a autodisciplina. 
O que levar em consideração na hora da escolha?
Em primeiro lugar, considerar a qualificação da instituição responsável pelos cursos. Em segundo lugar, é importante que o formato do curso seja adequado ao perfil e objetivos do candidato. De modo geral, cursos que possibilitam maior interação dos estudantes entre si e com os professores tendem a ter melhores resultados. Outros critérios de escolha são semelhantes aos critérios para escolher um curso presencial.

PASSO A PASSO DO SUCESSO NOS CONCURSOS
Antecipe-se - Não espere o edital ser publicado para começar a estudar. Em geral, o tempo entre a publicação do edital e a prova é de dois meses. Isso sem falar no volume de matérias. Lembre-se que tempo é dinheiro!
Objetivo - Não saia atirando para todos os lados. O ideal é escolher uma área na qual o candidato tenha afinidade. Tipo de atividade, local de trabalho, faixa salarial, benefícios e outros aspectos devem ser levados em consideração para uma escolha consciente.
Ferramentas - Se for fazer um curso preparatório, opte por uma modalidade (presencial, telepresencial ou a distância) que se ajuste ao seu perfil. Também é importante ter um bom material de consulta, como livros específicos e provas de concursos anteriores.
Organização - Passar em concurso público não é para amador. Portanto, organização e disciplina são fundamentais para o sucesso. Um plano de estudo, com horários e disciplinas a serem estudadas diariamente, ajuda bastante. Mas é necessário que tudo esteja descrito no papel.
Felicidade - Ter a certeza de que o salário estará na conta no fim do mês e para o resto da vida é muito bom. Mas nada disso adianta se não tiver satisfação pessoal. E esse processo deve começar ainda nos estudos. É preciso foco, porém, é preciso também continuar com os momentos de entretenimento.






sexta-feira, 7 de março de 2014

Condições repugnantes do salmão chileno fazem com que o Brasil rejeite a importação de vários lotes

Dezenas de enfermidades afetam o salmão que se produz no Chile, sendo que várias delas foram introduzidas pelas multinacionais norueguesas, como o vírus ISA. Mas além desse vírus, o salmão (peixe exótico no Chile) é afetado por fungos, ectoparasitas e bactérias. Empresas que operam no Chile estão enviando ao Brasil salmão com lesões na pelo, no qual seria rejeitado em qualquer outro mercado dos EUA, Europa e Japão. Estaria o Brasil consumindo o refugo do salmão produzido no Chile?

Santiago, 06 de março de 2014. (Radiodelmar.cl) - O Serviço Nacional de Pesca do Chile (SernaPesca) confirmou que as autoridades sanitárias do Brasil rejeitaram remessas de salmão no Chile para apresentar "condição desagradável" e "lesões de pele".
Assim afirmou ao jornal "La Tercera" a subdiretora de Comércio Exterior do Sernapesca, Cecília Solís, que referiu aos problemas que enfrentam as empresas chilenas e multinacionais que exportam salmão desde o mar austral sul do Chile ao Brasil.
Atualmente o Brasil consome entre 25% e 30% da produção do Salmão do Atlântico, que é a principal espécie cultivada no Chile. E esta espécie é a que especialmente mais evidencia e apresenta enfermidades, principalmente àqueles que se referem à superlotação, causada pelos empresários a fim de promover os processos de engorda nos peixes.
O Salmão do Atlântico está sujeito a vírus, fungos, ectoparasitas e bactérias, dentre outros agentes patogênicos. Entre as mais conhecidas estão o Vírus da Anemia Infecciosa do Salmão (Vírus ISA), furunculose, a Enfermidade Rickettsial do Salmão (SRS) e os piolhos do salmão (Caligus).
Segundo Cecilia Solís, do Sernapesca, "as autoridades brasileiras estão questionando a entrada de algumas remessas de salmão porque vão com lesões na pele, porque no Chile há SRS". Ela explica, ainda, que a legislação do Brasil prescreve que os produtos não devem conter "condições indesejáveis", e por isso muitas vezes os inspetores rejeitam esse tipo de peixe que contém lesões. No entanto, assegura que apesar das feridas na pele, esse salmão não presetam um risco para a saúde e afirma que isso não pode se transformar numa dificuldade de comercialização do peixe, pois a SRS é uma enfermidade endêmica do Chile.
Fonte: Radio Del Mar (tradução livre: Íris Cristina Thomaz Zattoni Magaña).

Para saber mais:


Em águas turvas

Como o risco de doenças nos animais dos quais nos alimentamos levou a indústria a medicá-los mais

Por Nelio Bizzo, professor de metodologia de ensino da Biologia da Universidade de São Paulo
A criação de salmões envolve uma série de procedimentos relativos à reprodução, à alimentação e ao abate de um animal que ganhou grande valor comercial depois de constatadas as propriedades nutricionais das gorduras dos peixes que habitam águas frias. Assim, na década de 1980, ficou claro que os investimentos nesse tipo de alimento seriam altamente rentáveis, e formas de produção com escala industrial deveriam ser desenvolvidas a fim de não abalar os estoques naturais desse peixe. 
 
As águas frias do Hemisfério Norte foram o primeiro destino dos investimentos. Em 1984, a Noruega, sozinha, respondia por dois terços da produção mundial de salmão de cativeiro. Com a crescente demanda dos mercados do Hemisfério Norte, e principalmente após a confirmação da síndrome da vaca louca, que afastou mais consumidores europeus da proteína animal bovina, o crescimento dos investimentos foi explosivo. Naquele ano, o salmão norueguês atingia a ordem de 22 mil toneladas anuais, mas, dez anos depois, em 1994, a produção mundial tinha alcançado nada menos que 444 mil toneladas, quase metade proveniente daquele mesmo país. Se o crescimento da produção do salmão na Noruega foi da ordem de dez vezes em dez anos, o que já é espantoso, no Chile ele foi, no mesmo período, simplesmente vertiginoso, de cerca de mil vezes, atingindo um quarto da produção global, sendo o segundo produtor mundial. Em 2012, a produção foi sete vezes maior, quase igual à da Noruega.
 
Com um ritmo de crescimento dessa magnitude, evidentemente o espaço disponível para as criações foi sendo cada vez mais disputado e as áreas de confinamento para crescimento e engorda foram ficando cada vez mais próximas. Em 1984, os criadouros noruegueses tinham registrado uma perda significativa, com a mortandade de peixes por anemia. Pouco depois, ficou claro que se tratava de uma infecção causada por um vírus muito semelhante ao da gripe, mas que não oferece risco aos humanos, e que é transmitido pela própria água, pelo contato de tratadores (luvas etc.), além de ser transportado por um pequeno crustáceo parasita que se alimenta de muco. Daí a experiência norueguesa ser mais antiga e recomendar grande distância entre os criadouros, uma vez que não existe tratamento para a doença e os peixes afetados devem ser rapidamente descartados.
 
O texto O salmão medicado, publicado originalmente em CartaCapital, mostra como existe uma enorme diferença entre as distâncias dos criadouros no Chile e na Noruega. No entanto, a diferença mais gritante refere-se à quantidade de antibióticos que os chilenos permitem atualmente nos criadouros, níveis 36 mil vezes maiores do que os da Noruega. No entanto, no passado, ambos tinham níveis semelhantes, e a diferença hoje verificada tem uma explicação.
 
Na década de 1980, havia o risco de doenças bacterianas no salmão, em especial as causadas pelos gêneros Aeromonas e Moritella. Por isso, os antibióticos eram largamente usados nas fazendas de todo o mundo, inclusive norueguesas. Em 1989, os criadouros chilenos enfrentaram a súbita epidemia de uma doença desconhecida, provocada por bactérias do grupo das riquétsias, por isso denominada SRS (Salmon Rickettsia Syndrome). Mais de 50% das mortes de salmão em cativeiros chilenos devem-se a essa doença, que também é controlável por meio de antibióticos, dentro dos limites das recomendações internacionais. Os estoques noruegueses não foram contaminados por SRS. A partir de 1993, as doenças causadas por Aeromonas e Moritella passaram a ser controladas eficazmente com o uso de vacinas, dispensando quase totalmente os antibióticos. Isso permitiu que a legislação norueguesa passasse a exigir níveis muito menores dessas substâncias em relação aos anteriormente praticados. Isso, na prática, impediu a importação do salmão sul-americano, que continua sob o risco da SRS, acabando com a concorrência dos peixes chilenos, mais baratos, no sofisticado mercado nórdico. Protecionismo econômico ou rigor sanitário? O início da criação comercial do bacalhau norueguês, que ainda não conta com vacinas, responderá a essa questão.


O salmão medicado

Para combater vírus e bactérias, os produtores chilenos abusam dos antibióticos, denuncia biólogo

Por Victor Farinelli, de Puerto Montt
O salmão da embalagem em uma das fotos que ilustram este texto foi criado em cativeiro no sul do Chile. Para chegar ao congelador do supermercado, o peixe sobreviveu ao menos a três pragas marítimas disseminadas pelo mar austral chileno e pelos criadouros.
 

O salmão nasceu, engordou e tornou-se mercadoria nos arredores da cidade de Puerto Montt, considerada a capital salmoneira do Chile. O cativeiro onde viveu é um dos 278 ainda em funcionamento, de um total de 1,2 mil existentes na Patagônia chilena, a maioria paralisada depois de a propagação do vírus ISA causar a primeira grande crise da produção chilena de salmão em meados de 2007. Não é só o ISA a ameaçar um dos principais produtos de exportação do país. Os salmões têm sido atacados pela bactéria SRS e pelo caligus, um parasita conhecido como piolho-do-mar ou piolho-de-salmão.
 

Hector Kol, biólogo marinho que trabalhou durante 15 anos na pesca de salmão, aconselha a não comprá-lo. “Eu não comeria nada que provenha do mar austral chileno”, sentenciou. Segundo ele, a biossegurança nos cativeiros chilenos é bastante precária, o que explica o fato de a grande maioria estar desativada. Muitos foram abandonados quando houve a disseminação do ISA.
 

Com fotografias obtidas pela ONG ecológica Pumalín, para a qual trabalha atualmente, Kol demonstra que os cativeiros chilenos estão instalados em golfos estreitos e separados por distâncias irrisórias. Ele reclama: “Na Noruega, maior produtor de salmão do mundo, a distância mínima entre um cativeiro e outro é de 25 quilômetros, mas no Chile, segundo maior, essa distância pode ser de 40 metros, ou há cinco ou seis cativeiros num raio de 1 quilômetro”. Essa situação, segundo o biólogo, favorece a propagação de vírus e bactérias e impede o isolamento dos focos.
 

Com as epidemias do ISA, da SRS e do caligus, os produtores tiveram de aumentar a quantidade de antibióticos usados para resguardar os cativeiros ainda ativos. Não existe uma lei para estabelecer limites no uso de medicamentos nos criadouros. Um gráfico apresentado por Kol, com dados recolhidos de relatórios do Serviço Nacional de Pesca do Chile (SernaPesca), mostra que as salmoneiras chilenas utilizam até 732 gramas de antibiótico por tonelada de salmão, enquanto, na Noruega, o máximo permitido é de 0,02 grama, quantidade 36 mil vezes menor. Segundo o biólogo, os cativeiros chilenos são tratados com pesticidas e substâncias abolidas na maioria dos países, e até proibidas em alguns, como a flumequina e o ácido oxolínico.
 

O maior risco ao ingerir esse salmão disponível no supermercado, diz Kol, é a quantidade de antibióticos utilizada para livrá-lo das pragas, para acabar provocando efeitos também nos consumidores, “o que pode gerar, posteriormente, um sistema imunológico incapaz de responder a um tratamento com antibióticos quando essa pessoa estiver enfrentando suas próprias doenças”.
 

A Salmón Chile, associação de empresas salmoneiras, contesta as informações de Kol. O uso mais acentuado de antibióticos, informa a associação, só foi adotado durante as crises do vírus ISA, em 2007 e 2010. Posteriormente, a quantidade foi reduzida para menos da metade. O biólogo desconfia da real diminuição do medicamento e afirma que o vírus continua a ser encontrado no mar, assim como a bactéria SRS e o caligus. Tantos males colocam em risco o futuro da produção local, diz. “O salmão chileno não vai durar mais de 15 anos, pois o ISA e o caligus se alastraram de forma incontrolável. É questão de tempo para os últimos cativeiros serem atingidos ou se tornarem insustentáveis economicamente.”
 

A previsão de Kol contrasta com os números dos produtores e com a quantidade de oferta de salmão no supermercado. No ano passado, informa a Salmón Chile, registrou-se um recorde na produção: 720 mil toneladas. As estimativas para 2013 e 2014 ainda não foram divulgadas e não se sabe se haverá queda no resultado. Em 2007 e 2010, a oferta bruta ficou abaixo das 400 mil toneladas.
 

O tradicional Angelmó, mercado pesqueiro de Puerto Montt, está vazio. Faltam clientes e diversidade de produtos. Os mariscos disponíveis não são tão abundantes como em outros tempos. Na maioria das peixarias, só se vendem mariscos defumados. O mesmo se passa com os salmões e outros pescados. Sobram os defumados e congelados, uma forma de disfarçar a qualidade do pescado, diz Kol. “Os produtos utilizados pelos cativeiros de salmão afetam todo o mar da região, e têm matado muitas espécies, o que prejudica claramente a atividade dos pescadores artesanais.”
 

Fora de Angelmó, o cenário é ainda mais desolador. Antigos barcos de pesca foram abandonados, outros passaram a ser usados em passeios turísticos pela baía. Carlos Rengifo, pescador, se conforma: “A atividade turística ainda é o que sustenta este lugar, pois os moradores da região já não compram mais aqui. Os turistas, que vêm para consumir ou para fazer um passeio diferente, também não vão comprar e levar para casa”.


Anemia Infecciosa do Salmão (ISA)




Fonte: http://www.elrepuertero.cl/admin/render/noticia/15312
Anemia Infecciosa do Salmão (ISA), é uma enfermidade produzida por um vírus da família Orthomyxoviridae, do gênero Isavirus. A enfermidade clínica afeta a peixes cultivados em água do mar, da espécie Salmo salar (Salmão do Atlântico).

É uma enfermidade com grandes efeitos na produção de salmões, já que provoca alto índice de mortalidade nos grupos infectados. Não causa impactos na saúde pública, já que o vírus não afeta o homem.


Fonte: http://education.expasy.org/images/Isavirus_virion.jpg

A enfermidade foi identificada pela primeira vez na Noruega, nos anos 80. Também foi diagnosticada no Canadá, Escócia, Ilhas Feroe (Dinamarca) e EUA. No hemisfério norte o vírus também foi encontrado em espécies nativas, mas no Chile o vírus ISA foi isolado somente no ano de 2001, no Salmão Prateado.

No Chile o primeiro caso da enfermidade foi reportado oficialmente em 25 de julho de 2007, em um centro de cultivo em Chiloé central, e, a partir desse momento, a enfermidade e o vírus foram detectados em outros centros de cultivos do Salmão do Atlântico, localizados em regiões distintas.


Desde o aparecimento da enfermidade o SernaPesca tem emitido diversas resoluções, com orientações principalmente para estabelecer medidas de contingência em uma primeira instância e de vigilância e controle posteriormente.




Neste link do UOL há uma sequência de 29 imagens, explicando, de forma resumida, como é a 

criação do Salmão: 

http://economia.uol.com.br/agronegocio/album/2013/11/13/veja-como-e-a-criacao-de-salmao-em-cativeiro.htm