Crianças e adolescentes se emocionaram com a soltura das tartaruguinhas.
Instituto Biota se esforça para garantir a vida desses animais.
Após serem soltos, filhotes de tartaruga correm direto para o mar. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
Na tarde desta quinta-feira (18/04), 92 filhotinhos de tartaruga de pente foram soltos na praia de Riacho Doce, em Maceió. Adultos, crianças e adolescentes que se reuniram no local para assistir ao nascimento deles, se emocionaram ao ver os filhotes correndo em direção ao mar.
No final de fevereiro, Bruno Stefanis e a equipe do Instituto Biota encontraram um ninho com 113 ovos. Eles demarcaram o local "discretamente" e passaram a monitorá-lo. "Nasceram 92 tartarugas, o que é uma taxa de natalidade muito boa", explica o biólogo Bruno Stefanis.
De mil filhotes, apenas um chega à fase adulta, de acordo com biólogos. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
Mas para um animal desses chegar à fase adulta, precisaria de mais nove solturas como essa. É que de mil filhotes apenas um atinge a maturidade. Isso faz parte da cadeia alimentar, mas, infelizmente, muitas tartarugas adultas morrem por conta da poluição. "Elas se alimentam de algas muito parecidas com um plástico. Então, quando elas ingerem o plástico, não conseguem expeli-lo e morrem", diz Bruno.
A praia de Riacho Doce estava cheia de sargaço, e no meio das algas, tinha copos plásticos, canudos, sacolinhas plásticas e outros tipos de lixo. Jovens voluntários limparam o caminho para que as tartaruguinhas conseguissem chegar mais rápido ao mar.
Um grupo de jovens estudantes viu na internet que haveria a soltura de tartarugas e pegou um ônibus até Riacho Doce para acompanhar a ação. Eles se entusiasmaram. Álvaro dos Santos,19, adorou a experiência. "Fiquei impressionado vendo a natureza agir por si mesma, foi incrível", diz.
Voluntários limpam trecho que será percorrido pelas tartarugas (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
O Instituto Biota sempre faz este trabalho, inclusive, na hora da soltura, os biólogos chamam as crianças e a população para participar. É uma forma de conscientizar a população da importância de preservar a natureza. Mas o Biota não conta com nenhuma ajuda do governo de Alagoas. A equipe de dez pessoas conta com a ajuda de comerciantes locais e com voluntários que doam material para ser usado na captura. "Isso aqui é Patrimônio Natural e é o Estado quem deveria cuidar. A gente faz o trabalho por amor ", diz Bruno Stefanis.
Fonte: G1
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