quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Expedição no Suriname descobre 60 novas espécies de animais, diz ONG

"Ao sul estende-se o eterno Suriname, o sereno Suriname, um tesouro vivo à espera de verificação. Espero que se mantenha intacto, que pelo menos uma parte de sua história de oito milhões de anos seja salva para a leitura.Pela ética de hoje seu valor parece limitado, bem abaixo das preocupações prementes da vida diária. Porém, sugiro que, à medida que o conhecimento biológico cresça, a ética mudará fundamentalmente para que em todos os lugares, por razões relacionadas à própria fibra do cérebro, a fauna e a flora de um país sejam consideradas uma parte da herança nacional tão importante quanto sua arte, seu idioma e aquela estonteante mistura de conquistas e farsas que sempre definiram nossa espécie"
Edward O. Wilson , 1984

Uma equipe internacional de biólogos documentou “espécies extraordinárias” de animais e plantas durante uma expedição nas densas florestas do Suriname, sendo que 60 delas são potencialmente desconhecidas da ciência, anunciou esta semana a Conservação Internacional. Entre os animais sem registro na literatura científica, estão 11 espécies de peixes, seis de anfíbios, uma de cobra e dezenas de insetos.

Para uma espécie de animal ser considerada “nova”, os pesquisadores precisam publicar um artigo com as descrições para confirmas as evidências – a descrição de um novo ser vivo baseia-se, geralmente, na singularidade de sua anatomia e de sua aparência externa (padrão de cores que o diferenciem, por exemplo).
O grupo de 16 especialistas passou três semanas acampado na região montanhosa do Sudeste do país. Com ajuda de 30 indígenas que vivem nas comunidades dessa área isolada, os biólogos remaram ao longo do rio Palumeu, fazendo paradas para documentação.
Foi assim que pesquisaram peculiaridades de animais endêmicos (isto é, que só são encontrados lá), como uma cigarrinha que expele cera pelo abdômen para enganar seus predadores, e outras espécies nunca documentadas, como uma perereca de chocolate (Hypsiboas sp.), um besouro avermelhado de 2,3 milímetros (Canthidium cf. minimum) e um peixe que pode ser “primo” do tetra, apreciado por donos de aquários.
“Os resultados da expedição destacam a importância da diversidade das florestas, das espécies e das águas no Sudeste do Suriname”, diz comunicado da organização. (Fonte: UOL)

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