quarta-feira, 20 de junho de 2012

Caso de peste bubônica é confirmado nos Estados Unidos

Por Carolina Vilaverde

Na imagem, o causador da peste bubônica: o bacilo Yersinia pestis.

Não, não é coisa do seu livro de história. Ao contrário do que muita gente acredita, ainda existem casos de peste bubônica no mundo. Na semana passada, autoridades de saúde dos Estados Unidos confirmaram um caso da doença no estado de Oregon. Também conhecida como Peste Negra, a doença foi responsável por dizimar milhões de pessoas da população europeia do século 14.


O caso confirmado é o de um homem de Prineville, no estado de Oregon (EUA), que teria sido mordido por um gato de rua ao tentar tirar um rato morto da boca do animal. Segundo o site Dvice, casos como esse são mais comuns do que se imagina: “A cada ano, há uma média de sete casos de peste bubônica nos Estados Unidos”.

Fonte: Super Interessante

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Peste Bubônica ou Peste Negra


O quadro Triunfo da morte (1562), do pintor belga Peter Bruegel (1525-1569),
retrata o horror que a peste negra causou na Europa

A peste bubônica também é conhecida como peste negra. Tal denominação surgiu graças a um dos momentos mais aterrorizantes da história da humanidade protagonizado pela doença: durante o século 14, ela dizimou um quarto da população total da Europa (cerca de 25 milhões de pessoas).

A peste é causada pela bactéria Yersinia pestis e apesar de ser comum entre roedores, como ratos e esquilos, pode ser transmitida por suas pulgas (Xenopsylla cheopis) para o homem. Isso só acontece quando há uma epizootia, ou seja, um grande número de animais contaminados. Deste modo, o excesso de bactérias pode entupir o tubo digestivo da pulga, o que causa problemas em sua alimentação. Esfomeada, a pulga busca novas fontes de alimento (como cães, gatos e humanos). Após o esforço da picada, ela relaxa seu tubo digestivo e libera as bactérias na corrente sangüínea de seus hospedeiros. Após picar a pele do ser humano a bactéria da pulga instala-se no nódulo linfático mais próximo e multiplica-se ali gerando todos os sintomas relacionados a peste.
A doença leva de dois a cinco dias para se estabelecer. Depois surgem seus primeiros sintomas, caracterizados por inflamação dos gânglios linfáticos e uma leve tremedeira. Segue-se então, dor de cabeça (cefaléia), sonolência, cansaço, intolerância à luz, apatia, vertigem, dores nos membros e nas costas, febre de 40oC, delírios, aumento de frequência cardíaca e tosse, que se inicia seca e depois, com sangue. A tosse ocorre em 24 horas, sendo que o início, o escarro é claro, mas, rapidamente, ele começa a apresentar sinais de sangue e, em seguida, torna-se uniformemente rosado ou vermelho vivo e espumoso.

O quadro pode se tornar mais grave com o surgimento da diarréia e pode matar em 60% dos casos não tratados.

O diagnóstico da peste bubônica é feito através da análise microscópica do conteúdo dos gânglios linfáticos após a sua coleta.

Atualmente o quadro de letalidade é mínimo devido à administração de antibióticos, como a tetraciclina, estreptomicina, doxiciclina, gentamicina e cloranfenicol. Também existem vacinas específicas que podem assegurar a imunidade quando aplicadas repetidas vezes. No entanto, a maneira mais eficaz de combate à doença continua a ser a prevenção com o extermínio dos ratos urbanos e de suas pulgas.
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