quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Cientistas descobrem 'segredos' que fazem coruja girar a cabeça 270º

Pesquisadores usaram tomografia e outras técnicas para estudar animais.
Corujas possuem adaptações nos vasos sanguíneos e na estrutura óssea.


 
 
Cientistas da Universidade de Medicina Johns Hopkins, nos Estados Unidos, afirmam ter descoberto os "segredos" por trás da capacidade das corujas de girar a cabeça quase totalmente no corpo - até 270º, segundo o estudo.
 
Usando tomografia computadorizada, angiografia e outras técnicas clínicas, os pesquisadores analisaram a anatomia de 12 corujas. Foram descobertas grandes adaptações biológicas que permitem que o animal não se machuque ao girar a cabeça.
 
As adaptações estão ligadas à estrutura óssea e à rede de vasos sanguíneos dos animais, segundo o estudo, publicado nesta sexta-feira (1º) na renomada revista "Science".
 
Vasos sanguíneos na base da cabeça das corujas, logo abaixo da mandíbula, possuem espessura considerável conforme avançam no sistema circulatório, alguns chegando a ser bem grossos, e mantém esta estrutura mesmo quando o animal gira a cabeça, diz o estudo.
 
O fenômeno é diferente do que acontece com os seres humanos, em que as artérias tendem a se "capilarizar" quanto mais extensas são nesta região, segundo os cientistas. Isso torna a estrutura vascular dos humanos muito mais frágil que a das corujas neste ponto - um giro de cabeça de 270º em humanos tem efeitos extremamente nocivos e pode até levar à morte.
 
'Reservatórios'
Em outra adaptação, algumas artérias abaixo da cabeça das corujas possuem "reservatórios" que permitem que o sangue seja armazenado.
 
A "vantagem" biológica permite que o sangue chegue ao cérebro e aos olhos do animal mesmo quando ele gira a cabeça. Estas adaptações ajudam a minimizar interrupções da circulação sanguínea das corujas, de acordo com o estudo.
 
"Manipular a cabeça de seres humanos é realmente perigoso, porque nós não temos as estruturas de proteção aos vasos sanguíneos que as corujas possuem", disse o cientista Philippe Gailloud, um dos autores do estudo.
 
Fonte: G1 Natureza

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